Antes de explicar um incômodo sintoma chamado de tinnitus (do latim tinnire), acúfeno ou zumbido, é bom expor que atualmente, segundo os especialistas, o mesmo é classificado em dois tipos: o zumbido objetivo e o zumbido subjetivo. Ainda segundo os especialistas, não é a melhor classificação, mas a definição e os possíveis tratamentos são mais precisos quando observados a partir dessas duas classificações.
O zumbido objetivo é um som que pode ser ouvido, não só por quem o possui, mas também por outras pessoas, é gerado durante um funcionamento anormal do próprio organismo, geralmente ligado a alterações vasculares ou musculares.
Já o zumbido subjetivo, é uma espécie de ilusão sonora, pois se trata de um som que não está sendo produzido no ambiente externo (nem no interno), mas sim de uma percepção do indivíduo, devido a um estímulo mal interpretado pelo cérebro. Quanto a esse tipo de zumbido, a origem pode estar em mais de duzentas (200) doenças e disfunções, o que dificulta demasiadamente a detecção de sua causa e consequentemente sua eliminação e cura.
Dentre as duzentas (200) causas possíveis, algumas são mais comuns, como por exemplo: as perdas auditivas, infecções de ouvido, otosclerose, labirintopatias, efeito de drogas ototóxicas, exposição prolongada a sons altos, alterações metabólicas e/ou circulatórias, estresse, depressão, ansiedade e DTM (Disfunção da Articulação temporomandibular).
O uso excessivo de cafeína, chocolate e outros estimulantes do sistema nervoso central, costuma agravar o zumbido, tornando-o mais alto e/ou constante.
Para quem passa a conviver com esse sintoma, a depressão, mesmo que apenas por um determinado período, torna-se quase que inevitável. A aceitação é difícil e um processo doloroso, pois devido ao alto grau de incômodo que o zumbido causa (é considerado o terceiro pior problema que pode acometer o ser humano, atrás apenas da dor e tontura intensas e intratáveis, segundo pesquisa realizada pela Public Health Agency of America, em 1984/85; fonte: http://www.forl.org.br/pdf/seminarios/seminario_45.pdf), torna-se difícil levar uma vida “normal”. Há relatos de pessoas que vão se isolando, deixando de participar de eventos públicos, reuniões familiares, que deixam de ler (pois a concentração se torna muito difícil), e de fazer muitas outras atividades inerentes ao nosso dia-a-dia. No caso do zumbido incapacitante, a pessoa deixa até mesmo de trabalhar.
Uma vez com o sintoma, outra grande dificuldade está em encontrar um profissional capacitado para lidar com o zumbido, que acredite na cura ou na minimização do mesmo e que esteja disposto a ajudar o paciente, caso contrário, o zumbido nos leva a uma verdadeira peregrinação entre profissionais de várias áreas, sem o encontro de um tratamento eficaz.
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